8 de abril de 2011

Caneta em banhada

Empunhada a caneta está,
mas não para á luxuria satisfazer.
O homem a embanha compromissado em ser eterno,
 fiel à honra de escrever.
A tinta formaliza sua missão,
seu sonho, suas metas e sua ambição.
Movido em devoção ao desejo de realização
Verso, prosa, harmonia e canção,
conspiram insatisfação em ser.
Analfabeto da razão e do saber,
sendo um poeta na arte em descrever.
Exímio conhecedor dos anais da emoção,
Observa com os olhos, enxerga com o coração
Libertino dos direitos, fala de compaixão,
de euforia de imaginação.
Remete à inteligência,
o direito de pensar diferente o que todo mundo sente,
mas não consegue expressar, nega meias mentiras,
e não crê em meias verdades.
Lê com sabedoria as palavras do silencio do olhar,
não lida bem com omissão,  
rejeita ostentar o poder sabe o quão fácil é se corromper.
Aceita bem a magia de viver,
mesmo conhecendo a necessidade de aprender.
Tem os olhos no futuro mais sem apreensão,
conhece o valor na espera paciente da solidão.
O dinheiro não lhe compra a razão,
a estética não é sinônimo de auto-satisfação.
Com humildade, admite ser pequeno
em relação a tudo que carrega dentro do coração.
Não faz votos, vai a luta sem hesitação,
batalha por liberdade, medo e realização

Consciente de que carrega em si o bom senso dos sonhos.

Ricardo Oliveira

Um comentário:

  1. Quando as palavras são instrumento para transmitir sentimentos profundos, se faz realidade o sono do escritor.

    ResponderExcluir