20 de agosto de 2011

Verdade Calada

    Escondi-me sob o guarda-chuva de ilusão para não encarar verdades alheias. Escolhi guardar-me, tranquei por dentro meu ego sem permiti-lo sair. Libertei minha inteligência das privações do egoísmo enxergando o horizonte além do miudísmo, desfiz dos caprichos da descrença, buscando reintegrar minha consciência refiz minha essência, minha coerência, abandonei meu antagonismo social, AQUI!
    Fui tudo e nada, aqui fiz das dores uma pagina virada, aqui recriei os anais da minha emoção, aqui reivindiquei libertação, aqui fui mais do que um dia pude crer, aqui falei de consciência, de incoerência de insensatez, falei de pequenez, de gratidão, aqui engrandeci assuntos do coração, aqui conheci os alicerces da minha razão.

Estéril de ingenuidades, abri mão de boas ideias,
cobri-me de sabedoria, pedi perdão por consumir meu ser.
 Aqui sou tudo com que sempre sonhei, aqui neguei minhas verdades,
aqui assumi minhas fragilidades, aqui sou altruísta, vigarista, malabarista, 
pessimistas, aqui estou totalmente só acompanhado de mim mesmo,
embora me despeça d’aqui não me vou.

Eu não sei omitir, aqui ouvi minha própria voz sem me permitir esquecer,
os dias correm devagar, consciente fui poeta enfadado, transcrevi nas entrelinhas 
sentimentos que de mim transbordam.
Aqui o tempo transcende a dor quando a espera é por amor.
Eu não vou separar a saudade da esperança,
fico a aguardar sob meu guarda-chuva as tempestades alheias de ilusão passar.

Ricardo Oliveira

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