8 de setembro de 2011

Paladar Emocional


    O paladar emocional se esvai. À medida que o amor esfria, a distancia de comunicação pode ser o martírio principal pra solidão relembrar velhos fatos é enfadar a alegria de nostalgias retóricas.

 
É roubar o real sentido 
que propomos ao coração,
é acobertar a alma de inquietação,
é negar privilégios, é admitir sacrilégios
sem devoção alguma à emoção,
é regurgitar todo o bom senso da razão.



    Há falta de entendimento entre estar bem e estar certo nos assuntos da emoção, negar que amar é jogar-se sem nada esperar, assemelha-se a questionar erros do passado sem considerar todas as provações do presente pra junto estar.

É anistia, razão negando emoção é loucura,
desejo de se libertar maquiando
os reais sentidos com valor ineficaz,
sem ponderar todas as razões
que um dia existiram pra amar.

    É não considerar todo o valor da relação, é aceitar viver desprovido de motivos pra dedicar, uma canção, um perfume, ou uma simples ligação. É aceitar viver livre sem poder voar, é negar descaradamente que um dia soube amar.

É admitir de maneira falha, que nunca quis abandonar
mas nunca teve força o suficiente pra continuar,
é admitir poderio sendo fraco,
experiência sendo imaturo.

    É estar fundamentado em devaneios ilusórios de alegrias escassas, é simplesmente cobiçar com desdém a vida que nunca vai levar, porque um dia admitiu ser superior na arte de amar.

Ricardo Oliveira

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