O paladar emocional se esvai. À medida que
o amor esfria, a distancia de comunicação pode ser o martírio principal pra
solidão relembrar velhos fatos é enfadar a alegria de nostalgias retóricas.
É roubar o real sentido
que propomos ao coração,
é acobertar a alma de inquietação,
é negar privilégios, é admitir sacrilégios
sem devoção alguma à emoção,
é regurgitar todo o bom senso da razão.
Há falta de entendimento entre estar bem e
estar certo nos assuntos da emoção, negar que amar é jogar-se sem nada esperar,
assemelha-se a questionar erros do passado sem considerar todas as provações do
presente pra junto estar.
É
anistia, razão negando emoção é loucura,
desejo
de se libertar maquiando
os
reais sentidos com valor ineficaz,
sem
ponderar todas as razões
que um
dia existiram pra amar.
É não considerar todo o valor da relação, é
aceitar viver desprovido de motivos pra dedicar, uma canção, um perfume, ou uma
simples ligação. É aceitar viver livre sem poder voar, é negar descaradamente
que um dia soube amar.
É admitir de maneira falha, que nunca quis abandonar
mas nunca teve força o suficiente pra continuar,
é admitir poderio sendo fraco,
experiência sendo imaturo.
É estar fundamentado em devaneios ilusórios
de alegrias escassas, é simplesmente cobiçar com desdém a vida que nunca vai
levar, porque um dia admitiu ser superior na arte de amar.
Ricardo Oliveira
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