6 de maio de 2011

Língua em brasas

Não entendo anistia.
Pago o descaso com apatia, porque 
dissimular empatia se o que existe é hipocrisia?
Vivemos uma epidemia, o orgulho
tornou-se a droga de contenção à depressão







Compomos uma canção intolerante que deveria 
ser solução dentre fortes, fui fraco admitindo culpa 
me contaminei de humanidade mostrado emoção.
Fui imprudente e acabei vendido pela razão,
 a fraqueza me fiz mortal passível de comoção

  Assumi minha depressão. Neguei minhas próprias verdades a fim de renunciar a intransigência de uma existência drogada pela prepotência irracional, em brasas apagadas, minha língua queima e cospe sinceras desculpas por seguir na contradição social.

Ricardo Oliveira

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