8 de setembro de 2010

(In)decisão

  Eu estava tão longe de mim que até escrever estava se tornando uma tarefa impossível, o remédio foi ler... As idéias se misturavam na minha cabeça e no final eu não fazia a mínima idéia de como passar pro papel, ficava pior ainda quando pegava o lápis, o que estava misturado acabava sumindo, e não saía nada mesmo.
  Preciso admitir que isso é conseqüência de um emaranhado de decisões que andei tomando nos últimos cinco meses, todas com a melhor intenção do mundo: deixar de acreditar na bosta do amor, e só assim viver em paz e nunca mais chorar por um imbecil que não mereça as minhas lágrimas.
  É, não deu muito certo rs... As pessoas que me conhecem sabem que eu sou uma mistura estranha, imperfeita e desproporcional de uma menininha super mimada e educada com um molequinho super rebelde e desbocado, e ainda dentro dessa mistura consigo ser fria e sentimental, doce ou muito amarga e é esse “antagonismo humano” que sou... A mistura dos opostos se juntam para “zuar com o meu plantão”, e basicamente calculo todos os meus passos – porque sou fria – e no final não faço a maioria das coisas que calculei – porque sou sentimental – é exatamente isso que aconteceu.
  Tomei friamente, a decisão de cagar e andar para o amor, viver até morrer sozinha, mas como o meu coração não me respeita e nunca me obedece, eu continuei com os meus sonhos de “mulherzinha sentimental, imbecil e iludida” rs – me formar, construir uma vida estável a dois, casar, construir uma família linda, ter dois filhos e quem sabe conseguir isso de uma vez só porque a genética ajuda, fazer a comidinha favorita do meu marido, viajar em família, sonhar com as férias do trabalho para ficar mais tempo com meus filhos, cuidar da minha casa, fazer amor na cozinha (no quarto, no banheiro, na sala, no carro rs), ter um cachorro mais carente que a Kiara (minha cocker spaniel orelhuda) – e em nenhum momento até agora, eu parei para pensar que muito mais da metade das coisas que eu sonho dependem em sua totalidade do amor para acontecer, seja lá qual for a sua origem.
  Tá, eu confesso, sou uma babaca apaixonada – mas também sei jogar futebol e falo palavrão rs – e não importa o quanto eu já tenha sido magoada no passado, eu não consigo me desvincular dessa coisa toda de ser sonhadora e ter uma família... Eu sonho com isso desde pequena, e não é porque não deu certo uma vez, que tem que ficar errado para sempre... Acho que aceito amar de novo, mas não com pressa e sem atitudes calculadas, o mais gostoso do amor é a capacidade que ele tem acontecer devagar, nos surpreender e fazer com que dancemos conforme a sua música, mesmo sem querer, o amor simplesmente nos leva.
  Ok, que lindo... Vamos dar um pouquinho de atenção ao meu lado frio e calculista porque ele está se sentindo desprezado rs.
  Eu posso até me deixar levar pelo amor e tal, mas ficar suspirando pelos cantos é muito “cor de rosa” para mim... Me transformo numa babaca apaixonada com a pessoa que estou amando, e os amigos mais próximos percebem isso porque eu fico mais... “calma”, mas em geral não ando pela rua cantarolando e rindo a toa, isso não dá rs.
  Pronto amor, tá feliz? Eu já acredito em você novamente, e nem demorou tanto tempo assim para passar o “trauma do ex namorado babaca” rs, só não me venha com um parecido senão eu fecho a porta para sempre (mentira rs)... E não querendo ser muito exigente, não faço questão de beleza, dinheiro ou essas coisas fúteis, eu só quero um amor de verdade – amor de mentira dá nessa confusão toda ai rs – e que apenas complete, todo o resto a gente constrói... Dá pra ser!?

Andrezza Mascarenhas 

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